A greve dos professores das Rede Pública do Estado de Mato Grosso foi aprovada na última Assembléia Geral, realizada no Colégio Presidente Mécidi, na segunda (30/05). A seguinte Assembléia, que contou com cerca de 2.000 professores e representações de aproximadamente 90 cidades do Estado de MT, aprovou por unanimidade a Greve, com as seguintes reivindicações: (1) aumento do Piso Salarial para R$ 1.312,00; (2)posse imediata dos professores aprovados e classificados no último concurso público realizado no Estado; e (3)pagamento da hora-atividade para professores interinos.
Sobre as seguintes reivindicações, cabem alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar, que o piso salarial exigido já é rebaixado (cobrado há anos pela categoria) e, ainda assim, deixa o professor da Rede Pública bem aquém do que realmente poderia ser justo. Essa situação calamitosa fica mais explicita quando a profissão é comparada com outras que exigem nível superior:
Comparação de Planos de Carreira entre o professor (Ensino Superior) com outras profissões (Ensino Superior e Médio):
Em segundo lugar, a pressão pela a posse de concursados (ainda do 'grande' concurso anunciado em 2009) e pelo pagamento de hora-atividade de interinos, não é uma briga exclusiva da categoria profissional dos professores, mas de todos que estão envolvidos com a educação, principalmente os estudantes que estão em sala de aula. Atualmente um professor, pai de família, para que alcance uma renda razoável, tem que se desdobrar e trabalhar em dois ou três horários em escolas diferentes. A consequência direta recai principalmente na falta de tempo para preparação de uma boa aula. Não tendo tempo para preparar e pesquisar, geralmente o profissional utiliza o mesmo planejamento para diferentes turmas e escolas e o resultado é perfeitamente claro: se não tem bom planejamento não existe bom aprendizado e, futuramente, o próprio estudante não estará em condições de prestar vestibular ou qualquer concurso, pois não tem base alguma para tal.
Por fim, é importante entendermos que esta greve não diz respeito somente à categoria profissional dos professores, mas a toda a sociedade. Uma educação de qualidade com estrutura decente e com investimento no próprio profissional, interessa tanto ao estudante como ao professor. Portanto, esta greve, que tem como plano de fundo a luta por uma educação de qualidade, é tanto do professor quanto do estudante! Nesse sentido, finalizo convidando a todos (as) os professores e estudantes a participarem do ato de inauguração da greve, que acontecerá na próxima segunda (6/6) em frente à Assembléia Legislativa de MT, a partir das 14:00h.
* Esta nota foi escrita por Bruno Pinheiro Rodrigues (professor de história da Escola Estadual Raimundo Pinheiro/E-mail: brunojihaad@yahoo.com.br);
** A mobilização está presente no Facebook. Adicionem o http://www.facebook.com/update_security_info.php?wizard=1#!/profile.php?id=100002518085470
Por fim, é importante entendermos que esta greve não diz respeito somente à categoria profissional dos professores, mas a toda a sociedade. Uma educação de qualidade com estrutura decente e com investimento no próprio profissional, interessa tanto ao estudante como ao professor. Portanto, esta greve, que tem como plano de fundo a luta por uma educação de qualidade, é tanto do professor quanto do estudante! Nesse sentido, finalizo convidando a todos (as) os professores e estudantes a participarem do ato de inauguração da greve, que acontecerá na próxima segunda (6/6) em frente à Assembléia Legislativa de MT, a partir das 14:00h.
* Esta nota foi escrita por Bruno Pinheiro Rodrigues (professor de história da Escola Estadual Raimundo Pinheiro/E-mail: brunojihaad@yahoo.com.br);
** A mobilização está presente no Facebook. Adicionem o http://www.facebook.com/update_security_info.php?wizard=1#!/profile.php?id=100002518085470
Não sou e nunca fui a favor de greve, não tenho um espírito revolucionário, sou sim, inovadora, mas no sentido de mudar, melhorar o meu trabalho e, para isso, sempre procurei e continuo procurando estudar e me atualizar visando o melhor para os meus alunos, porém, nos últimos tempos, depois de tantos anos de estudos e atualizações, percebi, através do meu salário, que o meu esforço não é valorizado e que não terei uma aposentadoria digna de uma Profissional da Educação, como tantos outros professores.
ResponderExcluirDiante dessa conclusão, decidi que devemos sim lutar pelos nossos direitos e que, infelizmente, em nosso país, se não o fizermos, jamais teremos um salário decente, digno de um PROFESSOR.
Ser a favor da greve não quer dizer ter um espírito "revolucionário".
ResponderExcluirCom coisa que escola superequipada e salario altos vão melhorar a qualidade. Qualidade não passa por dinheiro. qualidade passa pelo compromisso firmado entre o aluno e o professor no sentido de aprender. Compromisso com a melhoria da sociedade pelo estudo. Depende de ambos.
ResponderExcluirProfessor precisa sobreviver, pagar suas contas. É óbvio que influecia sim! Se eu tivesse mais tempo pra preparar minhas aulas, não tenho dúvidas que meu desempenho seria muito maior do que é!
ResponderExcluirO anônimo disse : "Com coisa que escola superequipada e salarios altos vão melhorar a qualidade".
ResponderExcluirO Senhor é professor? Consegue dar 14 aulas em um mesmo dia com a mesma qualidade?
Ou não é , ou o senhor não vive apenas com o salário de professor ou infelizmente mente, mente, mente...
Gostei da stela, ela, ela...
ResponderExcluirObserva a frágil prótese de argumentação do colega toupeira,( eira); expõe a exaustiva, iva jornada real e não perde (erde) o bom humor, mor, mor.